Menina lutou com atirador em escola de Suzano e abriu porta para salvar alunos

Published at : 01 Mar 2022


Na última quarta-feira (13), a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo, foi palco de um crime que chocou o país. Duas pessoas entraram na instituição de ensino e atiraram contra alunos e funcionários, causando a morte de 8 pessoas. Em meio a tanto desespero, Rhyllary Barbosa, 15 anos, encontrou um dos atiradores na entrada da escola e foi decisiva para salvar a vida de outros estudantes no local.

A aluna do primeiro ano do ensino médio estava merendando com uma amiga quando ouviu um disparo de arma de fogo no ambiente em que ela estava. Quando ela se virou, foi surpreendida por Luiz Henrique Castro, de 25 anos, que ainda estava atirando contra os estudantes. Rhyllary, que é praticante de Jiu-Jitsu, disse que precisou superar o medo para encarar o assassino.


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“Foi um momento desesperador, de muita aflição e medo. A gente tinha de pensar rápido, eu principalmente precisei raciocinar muito rápido para escapar”, contou a estudante para o G1. Ainda sem saber que a porta da entrada da escola estava fechada e vendo que a machadinha usada por ele estava no chão, ela entrou em confronto corporal com o assassino usando as técnicas que aprendeu nas aulas de Jiu-Jitsu.

Tentando se manter firme no chão e depositando suas forças nos calcanhares, a estudante chacoalhou Luiz Henrique para causar desequilíbrio, quando o atirador a segurou pelos cabelos e deferiu diversos socos contra Rhyllary. Surpreso com a ação dela e ao ver outros alunos correndo para tentar sair da escola, Luiz Henrique soltou a estudante para pegar a machadinha no chão, nisso ela conseguiu fugir e abrir a porta da escola, que estava fechada, salvando muitos alunos.

Não se considera heroína

Faixa branca de Jiu-Jitsu, Rhyllary agradece ao mestre de artes marciais dela por ensinar as técnicas usadas durante o confronto com o atirador. Apesar de ter possibilitado a saída de muitos alunos pela porta principal da escola, a estudante não se considera heroína e acredita que estava no lugar certo, na hora certa.

“Sou apenas uma sobrevivente. Uma pessoa guerreira. Eu fico emocionada e ao mesmo tempo fico triste pelas famílias dos colegas que morreram. Uma felicidade também grita no coração porque poderia ser pior, mas Deus me colocou lá para evitar a tragédia e eu fico grata por ter mais uma chance de vida”, comentou a aluna.

Fonte: MdeMulher

Brasil


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