Por conta da pandemia de Covid-19, o número de mamografias realizadas até julho de 2020 na rede pública de saúde caiu 50% em relação a 2019 e 2018. O alerga é do mastologista Marcos Nolasco, presidente da Regional Bahia da Sociedade Brasileira de Mastologia. O Ministério da Saúde registrou 1,1 milhão de exames em 2020 contra 2,1 milhões nos anteriores.
Nolasco, que coordena a Mastologia do Grupo Amo, ressalta que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 66.280 novos casos em 2020 no Brasil, com mais de 17 mil mortes, incluindo homens (1% dos casos). Na Bahia, a projeção aponta 3.460 novos casos de câncer de mama, sendo 1.180 em Salvador.
“Os dados preocupam e a pandemia prejudicou as campanhas de rastreamento precoce dos tumores malignos. Vale destacar que todo câncer é curável, mas depende do estágio em que é descoberto”, comentou o médico.Marcos Nolasco orienta que toda mulher deve fazer a primeira mamografia aos 40 anos, mas, se houver histórico na família, o rastreamento deve ser iniciado antes, a partir da orientação médica.
“A mamografia é capaz de detectar um tumor ainda não palpável, mas as mulheres de qualquer idade devem estar alertas para qualquer alteração nas mamas e buscar um especialista, pois ali pode haver um sinal de malignidade”, completa.
Para alertar sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama, no próximo dia 24, o Grupo AMO vai disponibilizar gratuitamente consultas, mamografias e ultrassonografias para mulheres pré-selecionadas e seguindo as regras de segurança contra a Covid-19.Os atendimentos – em menor número, porém com foco numa investigação mais completa – serão diluídos em diversas unidades do Grupo AMO em Salvador, interior baiano e Aracaju (SE). A ação integra a campanha Outubro Rosa AMO “Seja rosa, seja um elo”, lançada no início de outubro.
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