O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto nesta sexta-feira (08) após ficar preso um ano e sete meses na sede de Polícia Federal de Curitiba, no Paraná.
O juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba, determinou às 16h15 desta sexta-feira (8), a imediata expedição de alvará de soltura.
O petista ganhou a liberdade após seus defensores alegarem alegaram que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou ontem a possibilidade execução provisória da pena após condenação final em segunda instância, é de conhecimento público e, por isso, solicitaram o alvará de soltura.
Lula estava preso desde 7 de abril de 2018, após se entregar a PF em São Bernardo dos Campos em São Paulo. Ele foi condenado por pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias por causa do caso do triplex em Guarujá (SP). O petista já possuía requisitos necessários para progredir para o regime semiaberto, que é atingir 1/6 da pena, no entanto, a defesa de Lula não quis a liberação por que espera a absolvição.
Próximos passos
A estimativa da Polícia Militar é a de que 2 mil pessoas recebam o ex-presidente no momento, diante da Superintendência da PF. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-senador Lindbergh Farias (RJ) também chegaram ao local.
A expectativa é que ao deixar a sede da PF, Lula faça um discurso no terreno em frente onde estava preso. Por lá, estão apoiadores da intitulada "Vigília Lula Livre". Durante os 20 meses em que ficou detido, várias pessoas se revezaram em vigília. Em seguida, o ex-presidente deve ir para São Bernardo do Campo, onde mora. Não se sabe ainda se ele irá para sua casa ou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde fez seu último pronunciamento antes da prisão.
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