O juiz Antônio Mônaco Neto, da 13ª Zona Eleitoral de Salvador, proibiu a TV Bahia de divulgar pesquisa feita pelo Ibope, contratada pela emissora, cujos resultados seriam levados ao ar nesta sexta-feira (30). O magistrado atendeu pedido feito pela coligação encabeçada pelo candidato Pastor Sargento Isidório (Avante), que argumento que a metologia usada pelo instituto é irregular.
Para o juiz eleitoral, a pesquisa possui "algumas irregularidades na sua execução". Entre os problemas elencados por Mônaco Neto, estão o fato de que todos os questionários sobre um possível segundo turno trazem o nome do candidato Bruno Reis (DEM), o que pode "induzir o eleitor na escolha daquele [Bruno]."
O magistrado argumentou, ainda, que a pesquisa acabou excluindo aqueles que não votaram nas eleições de 2018, e que o relatório não traz os estratos econômicos com a especificação da faixa de renda mensal familiar dos entrevistados, descumprindo regra prevista pela legislação eleitoral.
Neto critica
Questionado sobre o assunto, o prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou a decisão. Para ele, a determinação vai na “contramão do que me parece ser fundamental para a democracia”. Na visão dele, toda pesquisa pode ser divulgada, desde que tenha sido realizada com respeito aos critérios determinados pela legislação eleitoral.
“Desde que a pesquisa seja séria, registrada e cumpra as regras da legislação eleitoral, eu sou a favor da divulgação. Acho irrazoável que haja, nessa altura do campeonato, uma proibição de divulgação de pesquisa séria na nossa cidade”, declarou o prefeito, ao lembrar que, durante a campanha, vários levantamentos sobre intenções de voto para prefeito foram divulgados na capital baiana.
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