Uma jovem de 22 anos foi brutalmente agredida pelo marido e teve as mãos, o pé esquerdo e parte do direito decepados por ele. Gisele Santos está internada há dez dias.
Familiares e amigos fazem campanha para arrecadar fundos para comprar próteses que ajudem a jovem. Eles também pedem fraldas e lenços umedecidos para ajudar na recuperação de Gisele.
O caso foi em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Depois das agressões, no último dia 2, Gisele ainda ligou para se despedir da mãe porque achou que morreria.
A violência aconteceu durante uma briga porque Gisele anunciou que iria se separar. Eles moravam há dois meses na nova casa, depois de uma relação de quase sete anos, quando a jovem decidiu dar um fim ao casamento.
O ciúme e jeito controlador do marido incomodavam. "Antes de eu ficar com ele, eu tinha amigos da rua, amigos da escola. Eu parei a escola porque ele queria que não fosse mais. Facebook, ele mandou excluir, não falar mais. Não era pra dar 'oi' na rua", lembra.
Elton Jones Luz de Freitas, 25 anos, não aceitou e trancou a porta para Gisele não sair. Ela tentou ligar e pedir por ajuda, mas o marido tomou o celular das mãos. Quando Gisele o chutou, ele pegou um facão e começou a sessão de agressões.
"Eu gritava que perdoava ele, para ver se ele parava. Mas ele continuou. Logo em seguida, tentei me fingir de morta. Só que ele me deu uma facada na barriga e eu gritei. Aí ele disse: ‘está viva ainda, desgraçada’. Eu só gritava que Deus perdoasse ele pelo que estava fazendo", contou a jovem ao G1.
Sozinha, Gisele gritou por socorro. Uma vizinha foi até o local e ela pediu para ligar para a mãe e se despedir. A ambulância demorou tanto que a mãe, que veio de um município vizinho, chegou antes. A jovem ficou quatro dias internada em uma UTI e passou por cirurgia para reimplantar os pés. Nas mãos, não foi possível e ela precisará de prótese.
O marido se apresentou na delegacia e está preso. Gisele diz que o perdoou. "O meu perdão ele tem. Depois, ele que se acerte com Deus. Só quero que fique longe de mim e da minha família". Uma página no Facebook reúne informações sobre o caso de Gisele e como ajudá-la.
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