A Justiça de Goiás condenou hoje (19) o médium João de Deus a 19 anos e quatro meses de prisão por abuso sexual contra mulheres que o procuravam em busca de tratamento espiritual, em Abadiânia, interior do estado de Goiás.
A sentença é a primeira proferida nos processos envolvendo o médium, que está preso desde dezembro do ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou mais de dez denúncias contra João de Deus, por crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram ao menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa. A defesa do médium informou que ainda não teve acesso à sentença.
Memória
Em 14 de dezembro de 2018, o Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e determinou a prisão do médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus. Ele foi acusado por abuso sexual.
As denúncias começaram a vir a público no dia 7 de dezembro, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas do médium começaram a procurar as autoridades e a imprensa. Em sua primeira aparição pública, o médium disse que era inocente e estava à disposição da Justiça.
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