Após delação do empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS, apontar que foram repassados para o senador José Serra (PSDB-SP), em 2010, durante campanha à Presidência, R$ 20 milhões, e que parte desse dinheiro não foi declarada à Justiça Eleitoral, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar o tucano.
Segundo Batista, o repasse de uma quantia de mais de R$ 6 milhões foi feito por meio da emissão de notas fiscais pela LRC Eventos, simulando a compra de um camarote de autódromo de fórmula 1, e por uma empresa de pesquisa. Ambas podem ser chamadas a depor.
"Diante de tais constatações, faz-se mister o aprofundamento das apurações, de modo a se possibilitar a confirmação ou não do possível envolvimento e/ ou ciência do congressista no ilícito relatado, que perfaz o tipo penal vazado no art. 350 do Código Eleitoral", afirma Janot na peça.
O pedido passou a constar no sistema do Supremo, na internet, nesta quarta-feira (5). Nele, o procurador-geral Rodrigo Janot também solicita, segundo informações do portal G1, que o caso seja sorteado para um novo relator, e que não siga para o ministro Edson Fachin, responsável pelas delações da JBS.
A justificativa para isso, ainda de acordo com Janot, é que o assunto não tem relação com a Lava Jato, que apura irregularidades na Petobras.
O senador ainda não se manifestou sobre o assunto.
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