[caption id="attachment_2604" align="alignleft" width="300"] Presidente Mahmoud Abbas (dir), conversa com pai de Abu Jedeur, menino palestino queimado vivo em Jerusalém.[/caption]
"É um genocídio: o assassinato de famílias inteiras é um genocídio por Israel contra nosso povo palestino como um todo e não só contra os militantes", declarou Abbas, durante uma reunião da liderança palestina na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. "Sabemos que Israel não está se defendendo, ele está defendendo assentamentos, seu principal projeto", completou, segundo AFP.
Pelo menos 46 pessoas foram mortas em Gaza desde que os ataques aéreos começaram, com a operação "Margem Protetora", iniciada na segunda-feira à noite. Entre os mortos estão oito mulheres e 11 crianças, incluindo um bebê de 18 meses de idade e uma mulher de 80 anos de idade, de acordo com uma lista concedida por fontes médicas palestinas e funcionários do Ministério da Saúde à CNN.
Na mesma linha, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse hoje que Israel pagará um preço “muito alto” pela atual operação militar contra Gaza. "Os ocupantes israelenses estão excedendo todas as linhas vermelhas ao atacar com seus caças-bombardeiros casas de civis e matando mulheres e crianças", afirmou em entrevista coletiva.
Nesta quarta, o presidente israelense, Shimon Peres, disse à CNN que uma ofensiva terrestre "pode acontecer muito em breve”, a menos que o Hamas “pare de disparar foguetes contra Israel. "Nós os advertimos. Pedimos-lhes para parar com isso", disse Peres ao veículo norte-americano. "Esperamos um dia, dois dias, três dias e eles continuaram a espalhar mais fogo em áreas israelenses", completou.
[caption id="attachment_2605" align="aligncenter" width="792"] Mísseis israelenses atingem Faixa de Gaza nesta quarta: pelo menos 19 pessoas morreram hoje no território ocupado pelo Hamas[/caption]
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também ressaltou hoje que iria intensificar a ofensiva contra o grupo militante que opera na Palestina. "A operação será ampliada e vai continuar até que os disparos em nossas comunidades parem e a calma for restaurada".
A violência na região se intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino, incendiado com gasolina enquanto ainda estava vivo. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, fato que foi negado pelo grupo. O crime aconteceu poucas semanas após o Hamas e o Fatah definirem um acordo histórico de reconciliação -- criticado por Israel.
[caption id="attachment_2610" align="aligncenter" width="792"] Um míssil do Exército israelense acerta o sul da cidade de Gaza nesta quarta (09)[/caption]
Gaza é alvo frequente de investidas militares. A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Treze israelenses, sendo 10 soldados, perderam a vida.
Mediação do Egito
"Estamos nos movendo em várias maneiras para parar a agressão israelense e o derramamento de sangue palestino, inclusive conversando com o presidente egípcio (Abdel Fattah) al-Sisi e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon”, disse Abbas hoje.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Egito declarou que pediu que Israel e Hamas parem com o conflito, mas minimizou esperanças de uma trégua mediada por Cairo. "Esforços diplomáticos do Egito são destinadas a imediatamente parar a agressão israelense e acabar a violência mútua”, disse o porta-voz da chancelaria egípcia, Badr Abdelatty.
Fonte: Opera Mundi
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