Desde o início da greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), há quase dois meses, o prazo médio nacional para agendamento de pedido de aposentadoria saltou de 33 dias para 54. No Distrito Federal (DF) este número subiu de 55, em junho, para 103 dias em agosto.
A greve completa dois meses esta semana e, segundo o movimento, tem adesão de 80% dos servidores. Segundo o INSS, em São Paulo são dois meses e meio (76 dias) para este agendar o pedido de aposentadoria, enquanto no Paraná são quase dois meses (56 dias). Antes da greve, o prazo médio nestes estados era respectivamente 41 e 38 dias.
Para as pessoas que buscarem atendimento e não forem atendidos, o INSS orienta que procurem o teleatendimento 135 para remarcação. O instituto informou ainda que, para a concessão do benefício, será considerada a data do primeiro agendamento. “Dessa forma, fica afastada qualquer hipótese de prejuízo financeiro aos segurados que fizerem jus a um benefício previdenciário”, informou o órgão.
Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), representantes dos servidores estiveram em reunião com o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, mas não houve proposta nova.
“Ele reafirmou tudo o que já vem falando, marcou nova reunião para a quinta-feira (3). Antes disso ele disse que vai procurar a presidente (da República) para dar uma resposta aos servidores”, relatou Carlos Roberto dos Santos, da Secretaria de Formação Política e Sindical da Fenasps.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão um reajuste nos salários de 27%, para repor as perdas salariais desde 2010, a contratação de mais servidores e a incorporação das gratificações, que representam 70% dos salários. A proposta do Ministério do Planejamento é de reajuste de 21,3% em quatro anos, entre 2016 e 2019.
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