O ministro da Economia Paulo Guedes foi condenado a pagar R$ 50.000 ao Sindpol-BA (Sindicato de Policiais Federais da Bahia) por dano moral coletivo. Em fevereiro, Guedes chamou servidores públicos de “parasitas” e afirmou que eles ficavam em casa “com geladeira cheia”. Ainda cabe recurso.
A decisão é da juíza federal Cláudia da Costa Tourinho Scarpa. Ela considera que houve “violação aos direitos da personalidade dos integrantes da categoria profissional” representada por pelo sindicato.
O Sindpol-BA entrou com o pedido em maio deste ano. A organização informou que “o dinheiro pago pelo ministro será doado ao Hospital Santo Antônio, que pertence às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e ao Hospital Aristides Maltez, que são organizações sem fins lucrativos de Salvador e que estão à frente no combate à pandemia do novo coronavírus”.
O Poder360 procurou a assessoria de Paulo Guedes para comentar o caso. Também perguntou à AGU (Advocacia Geral da União) se irá recorrer da decisão. Não houve retorno até a publicação desta reportagem.
CONTEXTO
Guedes comparou servidores públicos à “parasitas” em fevereiro, ao comentar a necessidade da reforma administrativa. Na ocasião, o ministro também comparou o Estado brasileiro a 1 “hospedeiro”:
“O hospedeiro está morrendo, o cara virou 1 parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, declarou. De acordo com Guedes, os servidores têm reajustes salariais altos, além de privilégios, como estabilidade no emprego e aposentadoria “generosa”.
Servidores públicos reagiram às afirmações. O Ministério da Economia afirmou que as falas do ministro foram retiradas de contexto. Guedes depois pediu desculpas pelas suas colocações.
Poder360
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