Na tarde deste sábado, 15, a Guarda Civil Municipal foi acionada para capturar uma cobra da espécie Jiboia, no Loteamento Paulo de Tarso, no Bairro dos Índios, em Jacobina. De acordo com informações passadas pelos agentes, um morador entrou em contato com a central para informar que o animal estava circulando no meio da rua.
Os guarda fizeram a captura da Jiboia e fizeram a soltura em uma mata fechada, nas proximidades da Yamana Gold. O animal tinha cerca de dois metros de comprimento.
Igor Fagner - Jacobina Notícias
Imagem ilustrativa
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Sobre a espécie
As jiboias (Boa constrictor) são serpentes da família Boidae, a família das espécies de serpentes constritoras. Existem cerca de onze subespécies dessa serpente, sendo duas encontradas no Brasil. As subespécies de jiboias estão distribuídas desde o norte da Argentina até o norte do México.
Características da jiboia
A jiboia é um réptil que pode atingir até quatro metros de comprimento, entretanto, geralmente não apresenta mais de dois metros. De uma maneira geral, as fêmeas distinguem-se por serem maiores que os machos. As jiboias perdem em tamanho, no nosso país, apenas para a sucuri, sendo considerada, portanto, a segunda maior espécie da fauna brasileira. É um animal classificado como de médio a grande porte.
A coloração das jiboias é bastante variada, a Boa constrictor amarali, por exemplo, é uma subespécie encontrada em nosso país e sua cor predominante é cinza ou marrom, podendo ser vistos indivíduos de coloração bastante escura, quase pretos. Já a Boa constrictor constrictor, também presente no Brasil, possui indivíduos com coloração desde o cinza claro até marrom bem escuro.
Essa serpente possui corpo robusto, com musculatura bem desenvolvida, a qual é fundamental para sua alimentação. A cabeça das jiboias, que possui formato de seta, é bem destacada do corpo, o qual é cilíndrico e comprimido lateralmente.
Essas serpentes têm hábito noturno, porém podem ser avistadas durante o dia. Destacam-se por serem terrestres e semiarborícolas, vivendo e alimentando-se de maneira eficiente em ambos os lugares. As jiboias podem ser observadas em todas as formações vegetais brasileiras, por exemplo, na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.
A alimentação das jiboias baseia-se, principalmente, na ingestão de mamíferos roedores, entretanto, esses animais também alimentam-se de aves, lagartos e ovos. Essas serpentes localizam suas presas devido à captação de estímulos térmicos, visuais e químicos.
As jiboias são estrategistas “senta-espera”, ou seja, permanecem em locais que são frequentemente visitados por presas. Quando uma presa é localizada, ela é capturada e a jiboia tira a vida da presa, contraindo seu corpo, de modo a evitar movimentos respiratórios da presa. Sendo assim, a jiboia não utiliza veneno para matar e, sim, atua asfixiando a presa.
A jiboia ingere seu alimento, assim como a grande maioria das serpentes, iniciando pela cabeça da presa. Isso é importante, pois conforme a presa é ingerida, seus membros são comprimidos de maneira paralela ao corpo. Isso evita que os membros dificultem a deglutição do animal.
Apesar de serem grandes e temidas por muitos, as jiboias também enfrentam perigos. Para se defenderem de seus predadores, elas utilizam algumas técnicas. Uma delas é a produção de um som agudo, acompanhado da retração do pescoço e da cabeça. Além disso, a serpente pode morder e eliminar fezes nesses contextos.
Informações colhidas no portal Escola Kids do Uol (Vanessa Sardinha dos Santos)
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