Por inspiração do governo, o senador Carlos Viana (PSD/MG) iniciou um recolhimento de assinaturas entre os colegas, com a finalidade de protocolar pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A atitude pode ser encarada como um contragolpe do governo, já que o ministro determinou, nesta quinta-feira (8), que o Senado instale a CPI da Pandemia, a qual vinha sendo travada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM).
Para Pacheco, uma comissão de investigação neste momento não agrega ao enfrentamento da crise sanitária. De acordo com o colunista de O Globo, Lauro Jardim, Viana deve utilizar como argumento “a interferência de Barroso em outro Poder”. O pedido pode ser protocolado na Casa ainda hoje.
De acordo com a Lei do Impeachment, a decisão de receber ou não pedidos dessa natureza é exclusiva do presidente do Senado. No entanto, especialista já apontam que não houve interferência na decisão de Barroso, pois este agiu após o STF ser provocado.
A decisão de Barroso irritou o presidente Jair Bolsonaro. No Twitter, o presidente reclamou que “a CPI que Barroso ordenou instaurar, de forma monocrática, na verdade, é para apurar apenas ações do governo federal”.
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