Depois da divulgação de um estudo em que o Facebook manipulou deliberadamente o conteúdo emocional de postagens de quase 700 mil usuários, a rede social deve ser investigada por autoridades regulatórias da Europa. A empresa não solicitou a permissão explícita das pessoas envolvidas e, para alguns críticos, isso violaria os termos de serviço garantidos aos usuários. O Facebook informou que houve uma das condições de utilizar o serviço era dar uma permissão generalizada para conduzir pesquisas. Em resposta, diversas agências europeias de proteção à privacidade começaram a investigar se o caso violou leis nacionais – apesar de nenhum organismo ter divulgado, oficialmente, a análise.
Não se sabe a localização dos usuários que estiveram envolvidos na experiência. Cerca de 80% do 1,2 bilhão de usuários do Facebook vivem fora da América do Norte. Richard Allan, diretor de normas do Facebook na Europa, disse que estava claro que o estudo havia incomodado as pessoas. "Queremos nos sair melhor no futuro e estamos melhorando nosso processo com base nas reações a isso", ele afirmou em comunicado. "O estudo foi realizado com a devida proteção às informações pessoais, e responderemos alegremente a qualquer pergunta que as autoridades possam apresentar". Um dos coautores do estudo, em um post na própria rede social, disse que nenhuma informação foi “escondida”, apenas não aparecia no feed de notícias de todos os contatos. "Fizemos o estudo porque nos importamos com o impacto emocional do Facebook. Estávamos preocupados que a exposição à negatividade levasse as pessoas a evitar visitar o site", explicou.
Informações do The New York Times.
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