[dropcap]A[/dropcap] presidente Dilma Rousseff admitiu, na manhã desta quinta (12), no Porto do Rio, que as políticas de estímulo à economia sacrificaram as contas públicas. De acordo com a presidente essa política se baseou em desonerações fiscais e oferta de crédito.
"Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise que começou em 2009 e que nós combatemos contra todas as características que são próprias da crise internacional deste período. Quais foram elas? Um elevadíssimo desemprego nas nações atingidas, uma redução violenta da taxa de crescimento. Não deixamos que isso acontecesse no Brasil. Usamos como instrumento tanto uma política de crédito bastante subsidiada, como também, uma política de desonerações fiscais. Trouxemos para as contas públicas e o orçamento fiscal da União os problemas que de outra forma recairiam sobre a sociedade, os trabalhadores. Esta crise durou este período todo, agora temos de usar outros instrumentos de combate. Nós continuamos combatendo para não trazer para o Brasil desemprego e baixa de crescimento estruturais e permanentes", disse a presidente.
Dilma Rousseff disse ser uma "obsessão pessoal" manter o crescimento do país.
"Farei de tudo para que o Brasil esteja no ritmo de crescimento. Conto com todo mundo para que isso aconteça: os governadores, os prefeitos, os empresários e com a imprensa. Não tem como um país crescer sem todos nós pegando junto. Estamos pretendendo, por exemplo, encaminhar uma modificação na lei do Supersimples para impedir o chamado abismo tributário. A pessoa, o empreendedor, a empreendedora, está ali crescendo, se esforçando... Aí ela sai do regime do Supersimples e cai no regime do lucro presumido. Aí tem um impacto imenso. Nós estamos pensando em construir uma rampa, uma rampa pela qual ele pode crescer, de tal forma que vai incorporando o crescimento sem ter de perder muito", disse a presidente.
Segundo a presidente Dilma há, atualmente, entre empresas e pessoas físicas, 10 milhões entre os incluídos no Supersimples. "Estão ali, não só como trabalhadores, mas como batalhadores do seu próprio negócio. Este exemplo será um fator de garantia e criação do crescimento de emprego".
A presidente disse que há um estudo para novas concessões de aeroportos. Alternativas estão sendo estudadas para os aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. As privatizações anteriores atingiram os aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP), Viracopos, em Campinas; São Gonçalo do Amarante, em Natal; Belo Horizonte e Galeão, no Rio.
Após o evento no Rio, a presidente Dilma Rousseff retornou para Brasília no início da tarde desta quinta (12).
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