Mesmo com pandemia de coronavírus, empresa aumenta faturamento em 70% e ganha novos clientes
As ações do Mercado Livre chegaram a disparar 25,46% na máxima desta quarta-feira, 6, após a empresa divulgar o balanço do primeiro trimestre. Com isso, a companhia chegou a superar o valor de mercado do Itáu, que gira em torno dos 37,55 bilhões de dólares. Às 12h20, os papéis da empresa subiam 20,4% e eram negociados por 747 dólares. Na cotação atual, o valor do Mercado Livre fica em 37,31 bilhões de dólares.
De acordo com o resultado da companhia, seu faturamento líquido, desconsiderando os efeitos cambiais, cresceu 70,5%, para 652,1 milhões de dólares, no primeiro trimestre. No período, o volume de vendas da plataforma foi de 3,4 milhões de dólares, o que representa 34,2% de alta na comparação anual.
Apesar das quarentenas não terem impactado os sistemas de entregas da companhia, houve uma diminuição da demanda nos primeiros dias de isolamento social, com queda de 1,4% do volume de vendas entre os dias 18 e 24 de março. De acordo com a companhia, parte disso se deu em razão da mudança do tipo de consumo, que resultou na redução das vendas de produtos de alto valor, como eletrônicos e autopeças.
No entanto, o movimento voltou a aquecer de maneira gradual. Em abril, a taxa de crescimento de itens vendidos saltou 75,8% e o volume transacionado, 72,6% em relação mesmo período do ano passado, também sem considerar os efeitos cambiais.
O resultado financeiro no Brasil, que representa 60,9% do total da receita líquida da companhia, teve expansão de 54,8% em reais e de 31,4% em dólares.
Na vertente de pagamentos, o crescimento também foi acentuado. No primeiro trimestre, a base de usuários únicos ativos do Mercado Pago chegou a 43,2 milhões, – crescimento de 30,9%. Já o volume de pagamentos subiu 43,5%, em dólares, para 8,1 bilhões de dólares. o crescimento do Mercado Pago fora da plataforma de vendas do Mercado Livre, em dólares, foi de 84,2% e de 139,5% em reais.
Com a alta de hoje, a ação da empresa deve reverter as perdas do ano. Até ontem, o ativo acumulava queda de 6,5% em 2020.
Exame - Abril
Economia