O ex-ministro Antonio Palocci falou em acordo de delação premiada à Polícia Federal sobre supostos “pagamentos indevidos” da cervejaria Ambev a ele próprio e aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta 5ª feira (8.ago.2019). O jornal alega ter tido acesso a 1 despacho do ministro do Supremo Edson Fachin sobre o tema.
Segundo Palocci, a Ambev agiu para impedir o aumento de imposto (PIS/Cofins) sobre bebidas alcoólicas. Não há menção da data ou dos valores que supostamente foram pagos pela empresa no documento ao qual o Estadão teve acesso.
Fachin escreveu no despacho que Palocci elaborou 1 “descritivo geral da organização criminosa integrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com objetivo de obter vantagens indevidas de grupos empresariais em contrapartida à prática de atos de ofício em prol dos interesses das empresas”.
O ministro aceitou a delação de Palocci em outubro de 2018. Em 11.abr.2019 determinou que parte dos anexos fossem encaminhados à Justiça Federal de São Paulo. Agora, as partes que se referem à Ambev estão agora sob análise da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo.
Outro lado
Ao Estadão, o advogado Tracy Reinaldet, que defende Palocci, afirmou que a delação de seu cliente ainda está sob sigilo.
A assessoria de Lula afirmou que que Palocci “é apenas 1 instrumento da Lava Jato para atacar [o ex-presidente] com mentiras e narrativas que não podem ser confirmadas por testemunhas ou por documentos”.
O PT afirmou, em nota, que Palocci “fez 1 negócio milionário com a Lava Jato para sair da cadeia com muito dinheiro em troca de mentiras”.
A Ambev e a ex-presidente Dilma não quiseram comentar sobre o assunto.
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