[dropcap]U[/dropcap]a confusão generalizada entre seguranças e jornalistas marcou os bastidores do debate entre os candidatos à Presidência da República, na noite desta terça-feira, na cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, em São Paulo. O evento, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), começou às 21h30 em um centro de eventos pertencente ao Santuário Nacional.
As agressões partiram de seguranças identificados com o símbolo da Presidência da República. Ao menos quatro deles, entre os quais uma mulher, tentaram impedir a entrada dos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas mesmo no tempo destinado à captura de imagens dos candidatos posicionados nas bancadas – a dez minutos do início do evento. A alegação para a barreira formada na porta de acesso ao auditório foi a de que os profissionais não possuíam autorização para estar ali (uma pulseira laranja no pulso), ainda que vários deles a portassem.
Na confusão, a repórter Marina Dias, do jornal Folha de S.Paulo, ficou ferida no pulso. Outros repórteres e cinegrafistas foram barrados com empurrões, chaves de braço e safanões. Parte dos jornalistas entrou no auditório, mas foi convidada a se retirar, minutos depois, pelo mediador do debate, o jornalista Rodolpho Gamberini, da Rede Aparecida, e por funcionários da emissora.
Procurada, a assessoria de imprensa da Rede Aparecida informou que os seguranças não pertencem à emissora ou à CNBB, mas que seriam policiais federais. Abordados pela reportagem do Terra, os seguranças se recusaram a informar de onde eram – apesar de portarem os broches da Presidência.
Jornalistas é que causaram confusão, diz Presidência
A assessoria de imprensa da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) informou que a confusão foi causada "por jornalistas não credenciados que tentaram entrar em local para profissionais de imprensa com credencial". "A segurança presidencial observou as regras (de segurança) estabelecidas pelos organizadores do debate", finalizou a assessoria.
Fonte: Terra
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