[dropcap]O[/dropcap] corpo do brasileiro Marco Archer foi cremado na Indonésia, informou hoje (18) a embaixada brasileira em Jacarta. As cinzas serão trazidas para o Brasil pela tia dele Maria de Lurdes Archer Pinto. Archer foi fuzilado neste sábado (17) por ter sido condenado por tráfico de drogas. Além do brasileiro, foram executados neste sábado cinco pessoas também condenadas por tráfico de drogas.
A execução do brasileiro criou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. Ontem (17) a presidenta Dilma Rousseff – que chegou a fazer uma apelo ao presidente Indonésia, Joko Widodo, para que Archer não fosse morto -, se disse “consternada” e “indignada” e convocou para consultas o embaixador do Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. Já o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa “uma sombra” na relação entre o Brasil e a Indonésia.
O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior. Archer trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada em sete bagagens. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado após duas semanas, na Ilha de Sumbawa. Archer confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, ele foi condenado à morte.
Além de Archer, outro brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia. O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte também foi condenado à morte por tráfico de cocaína. Ainda não há data para execução de Gularte.
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