Gisele Valverde, 20 anos, estudante de Comunicação Social, foi diagnosticada com a doença na semana passada e revelou que, com alguns cuidados, se curou em apenas quatro dias. “Meus olhos coçavam muito, ficaram avermelhados e com acúmulo de sujeira. Eu lavei bastante com soro e utilizei um colírio. Dois dias depois, já aparentava estar bem melhor”, conta ela.
Prevenção da Conjuntivite
A oftalmologista do Hospital Humberto Costa Lino, Rosa Virginia, alerta sobre os hábitos de higiene que são decisivos no processo de prevenção. “A função do soro e do colírio é apenas de lubrificação. Lavar as mãos, os olhos e as pálpebras constantemente é uma orientação importante tanto para quem está infectado, quanto para quem quer se prevenir, pois a conjuntivite é altamente contagiosa. O contato com pessoas ou objetos contaminados pode gerar a contaminação ou agravá-la”, explica Rosa.
Ainda de acordo com ela, esse cuidado é mais que essencial, pois apesar de não ser comum, a conjuntivite pode até cegar. “Existe a conjuntivite bacteriana, viral e alérgica. A bacteriana é causada pelo patógeno Staphylococcus e, se for mal cuidada, se torna um perigo. Em estágio normal, atinge a conjuntiva, aquela parte branca dos olhos. Quando não tratada adequadamente, se espalha para a córnea e se transforma em uma ceratoconjuntivite ou até em uma úlcera de córnea, o que pode, sim, comprometer a visão”, diz a oftalmologista.
Apesar do relato de alguns casos pelos profissionais de saúde dos postos públicos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmam que não há nenhum registro de surto.
Isabel Guimarães, coordenadora de Vigilância e Saúde da SMS, revela que é difícil precisar surtos de conjuntivite com dados específicos, pois não é uma doença de notificação compulsória, quando qualquer diagnóstico deve ser obrigatoriamente informado às autoridades de saúde pública, como é o caso da febre amarela. “A conjuntivite não é classificada dessa forma, porque é uma doença de baixa letalidade e de rápida resolução. Não é uma preocupação para o sistema público de saúde”, afirma Isabel.
A Sociedade de Oftalmologia da Bahia (Sofba) também não registrou aumento no número de casos, mas a SMS ressaltou que os postos de saúde prestam serviço de atendimento clínico para os pacientes que chegam com sintomas da doença, com o intuito de evitar que uma infecção simples se transforme em uma grave complicação nos olhos.
Correio 24h
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