Conheça a origem dos 50 sobrenomes mais comuns do Brasil

Published at : 12 Jan 2022


Você sabe ou já parou para pesquisar a origem do seu sobrenome? No Brasil, existem alguns sobrenomes que são muito comuns. Entre eles estão os Silva, Batista, Rodrigues, Souza, Vieira, e muitos outros. Com certeza você conhece ou tem um dos sobrenomes mais comuns no Brasil. Confira abaixo uma lista com a origem dos 50 sobrenomes mais comuns no Brasil.

ALMEIDA: Sobrenome português, vem dos termos árabes “a” “mesa” . No sentido geográfico, significa algo como “planalto”, ou “solo plano”. Um dos registros mais antigos é de João Fernandes de Almeida, que em 1258 fundou uma aldeia com esse nome, na região de Azurara da Beira . Além do Brasil e Portugal, há muitos Almeidas em Angola

ALVES: Esse é um sobrenome patronímico, ou seja, formado a partir do “nome do pai” – na origem, Alves é uma abreviação de Álvares, ou “filho de Álvaro”. Duas interpretações são consideradas na origem latina do termo álvaro: Al wais, “o que tudo vigia, cuida, protege, defende”, ou “totalmente sábio, precavido”; Alt-war, “casa velha”, ou Alti-hari, “guerreiro, defensor dos elfos”.

ANDRADE: Na origem dos Andrades, a variante Andrada também é considerada, mesmo que seja menos usual no Brasil. A base desse sobrenome vem de uma antiga família originária da Galícia, na Espanha, cujas terras ficavam na Vila de Andrada, entre Ferrol e Villalba. Diversas vezes, os Andrades estiveram ligados aos Freires, fazendo com que esses sobrenomes fossem quase indissociáveis – algo como Andrade Freire ou Freire de Andrade.

BARBOSA: De uma ilustre e antiquíssima linhagem portuguesa, esse sobrenome faz referência a um lugar com muitas barbas de bode ou barbas de velho, uma espécie de planta. O nome deriva da Quinta e Honra de Barbosa, na freguesia portuguesa de São Miguel das Rãs. Dom Sancho Nunes de Barbosa foi uma das primeiras pessoas com esse sobrenome, registrado no ano de 1130.

BARROS: O 49º sobrenome mais comum do Brasil é inspirado nas características da região onde foi criado – provavelmente um local com bastante lama, dado o significado dessa palavra espanhola. Pesquisas mostram que o primeiro a adotar o sobrenome teria sido um membro da família de Haro, um dos Senhores da Biscaia, organização política espanhola que existiu até o século 17.

BATISTA: Sobrenome de natureza religiosa que deriva do termo grego “baptisté”, “o que batiza”, depois convertido para o latim “Baptista”. São João Batista, que batizou Jesus Cristo, é uma das referências mais antigas ao termo, que se tornou um nome composto muito utilizado nas sociedades cristãs. Depois disso, o nome tornou-se um sobrenome de diversas famílias, sem que exista relação de parentesco entre elas.

BORGES: O escritor argentino Jorge Luis Borges dizia que seu sobrenome tinha origem portuguesa. Certamente é muito usado em Portugal, mas não há confirmação de que ele tenha raízes lusitanas. Na verdade, sua origem é incerta, ainda que diversos genealogistas o relacionem com a cidade de Bourges, na França, onde há registros do sobrenome desde o século 14.

CAMPOS: O sangue latino fala bem alto entre os Campos. Essa família tem origem em uma comarca da Antiguidade conhecida como Campi Gotorum, que compreendia o que depois se chamou de “Terra de Campos”, pertencente às províncias de Palencia, Leão e Valladolid . No Brasil, o registro mais antigo desse sobrenome é bizarro: em março de 1669, o fazendeiro Manoel de Abreu Campos foi condenado à morte pelo “crime” de ser judeu.

CARDOSO: Esse sobrenome é derivado de uma planta chamada cardo, pois remete ao local onde ela era encontrada em Portugal. Cardo, por sua vez, deriva do latim “cardùus” e significa “fazer sinal com a cabeça”, em alusão à flor de forma oval que surge no caule da planta. A cardo cresce em locais rochosos, de maneira selvagem ou cultivada. Em Portugal, faz parte da flora da Serra da Estrela e é muito usada ainda hoje na fabricação de queijos, por causa da sua ação coagulante.

CARVALHO: De origem portuguesa, esse sobrenome surgiu na vila homônima localizada na diocese de Coimbra, adotado por Gomes de Carvalho, que viveu em meados do século 13. Carvalho é uma palavra de origem controversa, possivelmente pré-romana, usada para nomear diversas árvores e arbustos do gênero Quercus. Nomes de plantas e animais são geralmente associados a imigrantes judeus, mas, segundo alertam alguns estudiosos, é equivocado cravar uma origem só pelo sobrenome.

CASTRO: A palavra castro tem origem pré-romana e significa “castelo”. Como sobrenome, porém, traz uma raiz espanhola, originária de uma das famílias mais nobres da Península Ibérica – e talvez uma das mais bem documentadas. Desde o século 13, vários membros da família Castro foram casados com princesas de linhagens reais hispânicas, o que fez com que seu poder sóciopolítico fosse equiparado ao dessas famílias, principalmente depois do século 14.

COSTA: Não é possível afirmar que todos os brasileiros com esse sobrenome sejam parentes, pois várias famílias adotaram o termo devido à origem geográfica: o sobrenome remete às pessoas que nasciam em locais próximos ao mar, na “costa”. Registros mostram que esse sobrenome também foi usado por uma família da nobreza medieval portuguesa, possivelmente por causa de Nicolau Kosta, oficial de origem grega que viveu no início do século 13. Outros autores vão mais longe e apontam a herança da região Quinta da Costa, na comarca de Guimarães, no tempo de dom Afonso Henriques, primeiro rei português.

DIAS: Sobrenome de origem lusoespanhola, é patronímico de Diogo ou Diego, ou seja, faz referência aos filhos de pessoas com esses nomes. Diogo, curiosamente, é uma abreviação de Santiago, que teve alterações para Sant-Yago e Tiago até, finalmente, chegar a Diogo . Mais tarde, diversas famílias adotaram Dias sem seguir essa lógica e, portanto, sem relação alguma de parentesco.

DUARTE: O significado desse sobrenome seria algo como “filho de Duarte”, já que ele também é um nome próprio. O termo, por sua vez, chegou ao Brasil como Eduardo. Dom Duarte, conhecido por “o Eloquente”, além de fazer uso desse nome ajudou a torná-lo famoso, após chegar ao trono de Portugal, em 1433.

FREITAS: Esse sobrenome surgiu do termo latim “fractus”, que significa “pedras quebradas”, e tem natureza geográfica, por conter características do local onde foi criado, lá em Portugal. Autores questionam que fracta pode não significar exatamente “rachada”, mas algo no sentido metafórico. Há quem admita o significado de brecha, ou abertura, interpretado como sinônimo de desfiladeiro. Registros ainda de 1059 mostram que o sobrenome originou as versões Frectas e Fleitas.

FERNANDES: Somos “filhos de Fernando” é o significado desse sobrenome, que ao longo dos anos assumiu as formas Fernandici, Fernandiz, Fernandez e, a mais usual no Brasil, com “s” no final. Dos primeiros anos de colonização até hoje, esse sobrenome ganhou boa parte do território brasileiro, com famílias de origem portuguesa, espanhola, argentina, uruguaia, paraguaia, entre outras. Além disso, índios, africanos e cristãos-novos também adotaram o sobrenome Fernandes.

FERREIRA: Sobrenome de origem geográfica com raiz no termo em latim ferraria, que significa “jazida de ferro”, em referência aos locais em que os romanos encontravam o minério. A palavra latina ainda pode trazer o sentido de “oficina” e gerou variantes como o sobrenome Ferrara, na Itália. No Brasil, Ferreira é o 6º sobrenome mais comum hoje em dia, e o 3º em Portugal.

GARCIA: Provavelmente tem origem na palavra basca “gartzia”, que significa “jovem”. Garcia foge à regra do sufixo “es”, no idioma português, ou “ez”, em espanhol, para designar “filho de” . Na Espanha, Garcia é o sobrenome mais comum do país, e o 2º da Guatemala e do México.

GOMES: Esse é outro exemplo de patronímico, uma forma frequente na formação de sobrenomes na Idade Média, indicando a origem paterna da pessoa. Hoje, Gomes é considerado até um nome próprio, mas em desuso. Com raízes portuguesas e espanholas, já foi registrado como Gomizi, Gomiz, Gomez e Güemes. Genealogistas colocam como provável origem uma abreviação do visigodo Gomoarius, que significa “homem de guerra”. Há muita gente com esse sobrenome em Bangladesh.

GONÇALVES: De uma maneira simples e direta, esse sobrenome significa “filho de Gonçalo”. Já o nome próprio Gonçalo, por sua vez, tem origem germânica, e pode ter sido formado pelas locuções gundi, “luta”, e salo, “escuro”, gerando o significado de “cego pela luta”, ou “salvo da luta”. É o 36º sobrenome mais comum no Brasil, com famílias vindas de Portugal, Colômbia, Espanha, Paraguai e Argentina, entre outros países.

LIMA: A origem dos Limas está muito distante do nome da capital do Peru. Antes de se estabelecer como sobrenome, o termo era voltado aos originários da região do rio Lima, que nasce no sul da Espanha e deságua no Atlântico ao Norte de Portugal. De origem pré-romana, a raiz desse termo está ligada às regiões de Lemos e Lamego . É o 9º sobrenome mais frequente no Brasil.

LOPES: Derivado do nome próprio Lopo, Lopes significa “lobo” , termo extraído do latim “lupu”. Com origem luso-espanhola, é o sobrenome mais comum em Cabo Verde – a versão Lopez é o 3º sobrenome mais popular do México e da Colômbia, e o 5º da Espanha. Foi um sobrenome adotado também por judeus ibéricos convertidos, desde o batismo forçado à religião cristã, a partir de 1497. No Brasil, famílias indígenas também passaram a usar esse sobrenome, o 16º mais comum por aqui.

MACHADO: Esse sobrenome de origem portuguesa faz referência à ferramenta de corte homônima. Segundo historiadores, dom Mendo Moniz foi quem deu início à linhagem, ao destruir com um machado as portas do Castelo de Santarém, em 1147, para combater os mouros. No Brasil, Machado é o 31º sobrenome mais comum – o primeiro registro é de 1888, quando o escravo Vicente Pereira Machado tornou-se um homem livre e recebeu o sobrenome do dono da propriedade em que vivia, no Espírito Santo.

MARQUES: O sufixo “es” entrega a origem patronímica desse sobrenome – aquela que tem relação com a filiação da pessoa. Marques, portanto, significa o “filho de Marco” . Em Portugal, onde surgiu, Marques é o 12º sobrenome mais comum do país. No Brasil, está na 27ª posição. Entre as famílias brasileiras mais antigas está a de Pedro Marques Rebelo, registrado por volta de 1695.

MARTINS: Outro sobrenome que deriva de nomes próprios, com origem nos nomes Martinho, ou Martim. Com essa forma de nomeação, muitas famílias adotaram Martins como sobrenome, sem qualquer laço de consanguinidade. Martim, por sua vez, vem do latim martinus, “homem marcial, belicoso, guerreiro”, além de ser gentílico de Marte, o deus da guerra. No Brasil, Martins é o 13º sobrenome mais comum. Em Portugal, é o 7º.

MEDEIROS: Trata-se de mais um sobrenome português, com prováveis raízes toponímicas, isto é, extraídas do local onde foi criado. Uma das origens do termo leva a uma localidade homônima: os naturais da região portuguesa receberiam o sobrenome “de Medeiros”. Outra origem pode resgatar o termo “meda”, que significa um agrupamento de feixes de trigo ou palha – medeiro seria, portanto, um local com muitas medas, uma espécie de estábulo.

MELO: O 41º sobrenome mais comum do Brasil tem origem portuguesa. Ele faz referência ao latim “merulu”, que no idioma português evoluiu para “melro”, nome de uma das espécies de aves mais comum em Portugal. O melro-preto , por exemplo, está se tornando muito abundante em Lisboa e em outras cidades, tomando conta de jardins, telhados e antenas de casas. Além de Brasil e Portugal, o sobrenome Melo também é comum na Colômbia e em Angola.

MENDES: Esse sobrenome de origem luso-espanhola surgiu do nome próprio Mendo, para indicar a linhagem dos filhos de pessoas com esse nome. Porém, muitas famílias adotaram o sobrenome por outras razões, gerando variantes como Menendici, Menendizi, Menendiz e Mendez. Mendes é o 32º sobrenome mais comum no Brasil e o 3º mais popular nesse mesmo ranking em Guiné Bissau.

MIRANDA: O sobrenome Miranda, considerado muito antigo e de natureza espanhola, é um derivado da palavra “mirar”, aplicada a um lugar com bela vista. É equivalente a Mirandes, Miralta e Miralda, pois todos esses sobrenomes compartilham linhagem, história e brasão. Foi também usado por judeus na Espanha e em Portugal. No Brasil, é o 50º sobrenome mais comum.

MONTEIRO: Uma lenda intrigante envolve a origem do sobrenome Monteiro. Ela conta que no século 14, o rei espanhol Alfonso XI correu grande perigo ao ser atacado por um urso, em sua própria casa. Mas o monarca teria sido salvo graças à intervenção de um dos cavaleiros que faziam sua guarda. Agradecido, o rei deu ao seu salvador o título de “Montero”, que também é um tipo de chapéu usado por caçadores, termo que depois se tornou o sobrenome dos descendentes do cavaleiro. Hoje em dia, Monteiro é um sobrenome comum em Angola, Portugal e Cabo Verde. No Brasil, é o 47º sobrenome mais frequente.

MORAES: A origem mais provável desse sobrenome são as palavras em espanhol antigo “morales”, ou moral, sinônimos de amoreiral, “lugar onde há amoreiras”. Também é possível uma aproximação com o termo murales, que significa “muros”, indicando a origem geográfica dos Moraes. O Brasil tem registros de famílias indígenas, africanas e de origem judaica que adotaram esse sobrenome, que hoje é o 45º mais comum do país.

MOREIRA: De origem portuguesa, é derivado da amoreira, árvore da família das moráceas , que produz a amora. É um exemplo de sobrenome com raízes toponímicas, ou seja, que herda características do local de onde surgiu – foi inspirado na freguesia de Santa Maria de Moreira, em Portugal. Registros do século 18 relatam que cristãos-novos adotaram esse sobrenome para não serem condenados na Inquisição. Hoje, Moreira é o 28º sobrenome mais comum do Brasil, e o 27º de Portugal.

MOURA: Sobrenome de origem portuguesa que faz referência à cidade de Moura, pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo. A palavra em si traz origens relacionadas aos mouros, antigos habitantes árabes do norte da África. De fato, não é possível remontar a genealogia dessa família em bases documentais anteriores ao século 15, mas registros orais contam que o sobrenome foi adotado por cristãos-novos perseguidos e condenados pela Inquisição.

NASCIMENTO: De origem portuguesa e natureza essencialmente religiosa, esse sobrenome era inicialmente usado pelos cristãos que nasciam no dia 25 de dezembro, em homenagem ao nascimento de Jesus Cristo. Alguns pesquisadores acreditam que o termo também possa ter relação com Nassau, sobrenome bastante comum na Holanda. Curiosamente, no Brasil, maior país católico do mundo, hoje em dia, Nascimento é o 25º sobremome mais comum.

NUNES: Esse sobrenome de origem luso-espanhola pode ser entendido como “descendentes de Nuno”, já que faz referência ao nome próprio do fundador desse tronco familiar. Nuno talvez seja uma derivação do latim “nonnus”, palavra carinhosa usada pelas crianças para dizer “pai”. No Brasil e em Portugal, Nunes é atualmente o 30º sobrenome mais comum.

OLIVEIRA: Há várias origens prováveis desse sobrenome português, mas todas remetem, de fato, ao que você está imaginando. Oliveira tem uma raiz geográfica, que faz referência à árvore da azeitona, registrada no português arcaico como “olveira”. Esse é o 3º sobrenome mais comum do Brasil , sem contar a variante “de Oliveira”, que soma mais 500 mil brasileiros.

PEREIRA: Pereira é o 8º sobrenome mais comum no Brasil. Os estudos desse sobrenome remontam ao português Rodrigo Gonçalves de Pereira, que após prestar serviços a dom Henrique de Borgonha , recebeu como pagamento as propriedades de Palmeira e Pereira – nome com possível referência a uma plantação de peras.

PINHEIRO: A família Pinheiro tem seu sobrenome em origem toponímica cuja antiguidade recua a era romana. A família Pinheiro é de origem latina, não deve ser confundida com os judeus sefarditas que adotaram o apelido posteriormente para se camuflar e escapar da perseguição religiosa na península ibérica.

RAMOS: Duas origens levam à explicação do sobrenome Ramos: a de maior consenso é de ordem religiosa, como referência ao Domingo de Ramos, data que celebra o dia em que Jesus entrou em Jerusalém, narrado nos quatro Evagelhos da Bíblia. Outra possível origem é de natureza geográfica, já que muitos locais em Portugal recebiam o nome de ramos. Além do Brasil e de Portugal, Ramos também é adotado por muitas famílias do México, Peru, Espanha, Cuba e Venezuela.

REIS: De origem portuguesa, esse sobrenome expressa a devoção religiosa do povo cristão. Tanto em Portugal quanto no Brasil existem várias famílias “dos Santos Reis”, bem como sobrenomes formados pelo nome de um dos Reis Magos, seguido por Reis, como “Belchior dos Reis” ou “Baltasar dos Reis”. Grafado sozinho, Reis é o 40º sobrenome mais comum do Brasil, muito frequente em famílias estabelecidas no Rio de Janeiro.

RIBEIRO: O próprio significado de ribeiro explica a origem latina desse sobrenome. A palavra vem do latim “ripariu”, que significa “rio pequeno”, mostrando uma origem geográfica para esse topônimo. Dom Ramiro, último regente do reino de Leão, foi um dos primeiros membros da família Ribeiro em Portugal. No Brasil, o sobrenome foi adotado também por indígenas e africanos. Atualmente, é o 12º sobrenome mais comum no Brasil, e o 13º em Portugal.

ROCHA: Junto ao sinônimo “da Rocha”, esse sobrenome ocupa a 22ª posição no ranking dos mais comuns do Brasil. Sem uma origem documentada, é possível que ele tenha surgido de Monseur de la Roche, um francês que teria migrado para Portugal durante o reinado de dom Afonso III, por volta de 1248. Outra origem possível é de pessoas que nasceram em locais rochosos, com uma explicação de natureza geográfica.

RODRIGUES: Com registros originários de Portugal, Rodrigues é o 5º sobrenome mais comum do Brasil e significa literalmente o “filho de Rodrigo”, devido ao sufixo “es”. Mas a origem do termo, na verdade, é espanhola: a forma Rodríguez é o sobrenome mais frequente em diversos países de colonização espanhola, como Colômbia, Venezuela, Cuba, República Dominicana, Uruguai e Costa Rica. No censo norte-americano de 2000, Rodríguez aparece em 9º lugar, confirmando a crescente influência da comunidade hispânica nos EUA.

SANTANA: Com forte influência religiosa, Santana deriva de Santa Ana , com referência à avó de Jesus Cristo, mãe da Virgem Maria. O sobrenome foi trazido ao Brasil por uma família de origem espanhola, que chegou em 1882 a bordo do vapor África, procedente das Ilhas Canárias. Hoje em dia, é o 37º sobrenome mais comum por aqui.

SANTOS: Esse é o 2º sobrenome mais comum no Brasil e em Portugal . De origem religiosa, deriva da palavra latina “sanctus”, que significa “santo” ou “consagrado”. Um dos ramos dessa família pode ter se originado da Sierra de los Santos, localizado na Andaluzia, sul da Espanha. Durante a era medieval, Santos também era o nome dado às pessoas que nasciam no dia 1º de novembro, ou seja, no Dia de Todos os Santos.

SILVA: É o sobrenome mais comum no Brasil e em Portugal, onde teve origem. A variação “da Silva” ocupa a 22ª colocação, com pouco mais de 1 milhão no Brasil. Mas a origem de ambos é a mesma: como um sobrenome toponímico , deriva do termo latino silva, que significa “selva” ou “floresta”. Com a presença dos romanos na Península Ibérica, muitos lusitanos incorporaram Silva ao nome próprio. Séculos depois, grande parte carregava o termo quando chegou ao Brasil, engrossando os números com a abolição da escravatura.

SOARES: O “es” no final de Soares dá uma dica de sufixo patronímico, ou seja, indicando que ele é “filho de” – neste caso, do nome próprio Soeiro. Há quem aponte uma possível ligação com o nome Soariu, de origem incerta. Curiosamente, esse sobrenome é o mais popular no Timor-Leste, com 35 mil pessoas registradas. No Brasil, é o 17º mais frequente.

SOUZA: Escrito com “z”, “s” ou com “de” no início? Essa deve ser uma pergunta comum a quem assina esse sobrenome. A versão Souza é a mais comum no Brasil – é o 4º sobrenome mais frequente no país. Já os Sousas reúnem quase 830 mil pessoas , enquanto quem assina “de Souza” são mais de 450 mil. Mas a origem de todos é a mesma: vêm do latim “saxa”, que significa algo como “seixo” ou “rocha”. A palavra latina sofreu uma mudança no português arcaico para “sausa” e depois evoluiu para “sousa”. Mais tarde, no Brasil, passou a ser registrada com “z”.

TEIXEIRA: Os Teixeiras buscaram inspiração no teixo, árvore da família das taxáceas . Essa árvore de folhas e sementes venenosas é cultivada como planta ornamental e frequentemente usada como cerca viva. O registro mais antigo que se tem notícia é de origem portuguesa, adotado no século 12 por dom Hermígio Mendes de Teixeira. Hoje em dia, é o 39º sobrenome mais comum no Brasil, e o 20º em Portugal.

VIEIRA: Do latim “veneria”, vieira é um molusco de carne branca com duas conchas em forma de leque. Uma lenda conta que Caio Carpo, durante a Roma antiga, levou para a Galícia o corpo do apóstolo Santiago, que após ser morto apareceu coberto de vieiras. Hoje, Vieira é o 20º sobrenome mais frequente no Brasil.

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