Depois de uma curva ascendente no número de casos em 2019, as ocorrências de Dengue e Zika na Bahia nos primeiros meses do ano apresentaram queda. No entanto, nas oito primeiras semanas de 2020 o estado registrou um crescimento de 363,8% nos casos prováveis de Chikungunya, outra infecção transmitidas pelo mosquito aedes aegypti.
O boletim epidemiológico mais atualizado da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informa que a Bahia contabilizou 1.373 casos prováveis de chikungunya este ano. Em 2019, no mesmo período, o número de casos notificados foi de 296. Em todo o ano passado o crescimento foi de 138,9% e foram registrados 4.368 casos prováveis.
A Vigilância Epidemiológica trabalha com número de casos notificados. De acordo com a Sesab, nem todos os casos notificados são confirmados. A notificação é feita pelo serviço de saúde em que o paciente foi atendido. Nem todos os casos são comprovados por exames laboratoriais, sendo o diagnóstico apenas clínico. Desta forma, os casos permanecem como "prováveis".
Em relação aos municípios com maiores coeficientes de incidência da chikungunya, Feira de Santana lidera a lista com 382 casos registrados em 2020.
Quanto às infecções transmitidas pelo aedes que apresentaram redução em comparação com o ano passado, a dengue caiu de 6.675 para 5.561 casos prováveis, uma queda de 16,6%. A cidade de Valente, na região Nordeste do estado, reúne maior parte das ocorrências: 313. Em todo o ano passado, em relação a 2018, a Bahia registrou crescimento de 603% nos casos da doença.
A zika nas primeiras oito semanas de 2019 teve 269 registros na Bahia. Enquanto no mesmo período deste ano a redução identificada pela Sesab foi de 31,2%, com 185 notificações. A cidade baiana que mais acumula casos prováveis de zika é Cândido Sales. O município localizado no sudoeste do estado soma 24 notificações.
Por Jade Coelho
Bahia