O Grupo Carrefour Brasil anunciou nessa 2ª feira (23.nov.2020) a criação de 1 fundo para promover inclusão racial e combate ao racismo.
A iniciativa surge após o homem negro João Alberto Silva Freitas, 40 anos, ser espancado e morto por seguranças na noite de 19 de novembro em uma loja da rede de supermercados em Porto Alegre.
O aporte inicial da empresa no projeto será de R$ 25 milhões, de acordo com Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil.
“Sabemos que não podemos reparar a perda da vida do senhor João Alberto. Este movimento é o 1º passo da empresa para que o combate ao preconceito e racismo estrutural, que é urgente no Brasil, ganhe ainda mais força e apoio da sociedade”, afirmou o executivo, em comunicado.
“Acreditamos que poderemos evoluir e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, disse Prioux.
A empresa afirmou que anunciará na próxima 4ª feira (25.nov) o plano de ação que será abastecido pelo fundo. As iniciativas devem promover ações que envolvam funcionários e clientes.
O CASO
João Alberto era 1 trabalhador autônomo negro. Perícia do IGP (Instituto Geral de Perícias) indica que ele foi asfixiado. A morte provocou manifestações em vários locais do país na tarde de 6ª feira (20.nov).
O Carrefour informou, em nota, que lamenta profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.
A rede de supermercados, que atribuiu a agressão a seguranças terceirizados, também chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a empresa que emprega esses funcionários.
Poder360
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