A Carreata do 13 estremeceu o Novo Paraíso, na noite dessa quarta-feira, 28. Enquanto a frota concentrava-se na entrada do distrito, a expectativa das pessoas que aguardavam na praça, e nas ruas, já era grande, para receber o candidato a prefeito de Jacobina da coligação “Unidos por Uma Verdadeira Transformação”, Amauri Teixeira (PT), e o candidato a vice-prefeito, Carlos de Deus (PSB).
Os comentários que se seguiram, do início do desfile, até a parada na praça, para as falas dos candidatos, davam conta da dimensão da campanha de Amauri. Jovens e adultos esperavam o seu candidato, fazendo coro às vozes de “é o 13” e, mesmo indecisos e adversários políticos foram capazes de reconhecer a força da mobilização. “O homem chegou valente. Parece que ele vai ganhar”, ouviu-se alguém dizer.
Depois de percorrer as principais ruas, os candidatos puderam ser ouvidos através dos vários paredões dispostos pela praça. Os discursos inflamados de Amauri e Carlos destacaram o abandono da população, da cidade, a falta de comprometimento e honestidade, dos últimos gestores. Sob aplausos, o futuro vice-prefeito ressaltou o desejo de ver Jacobina retomar o posto de cidade modelo. “Sempre fomos copiados, sempre fomos exemplo, e temos sido esquecidos, nos últimos 20 anos. Jacobina vai voltar para o lugar que ela merece”, salientou. Fizeram falas, ainda, os vereadores Rose e Rone do Junco, e os também candidatos Dedé e Gil do Paraíso.
Amauri, ao lado do deputado federal, Jorge Solla (PT), criticou, veementemente, a cultura da compra de votos, comum à região, segundo ele, o que mais deslegitima uma campanha. “O candidato que compra o seu voto, tira a sua cidadania, tira a sua dignidade. Quem compra voto é moleque. Vamos mostrar que é possível ganhar sem os velhos hábitos, sem os velhos caciques, sem comprar votos. Vamos ganhar, não só para mudar de grupo e de nome, mas para mudar os métodos e processos de se governar”, salientou.
Abrindo a sua fala, Solla endossou o discurso sobre o golpe que sofreu a democracia, no último mês. Para ele, “não é um golpe contra a presidenta Dilma, não é uma mera substituição de quem está à frente da presidência da república, tampouco a substituição de um partido”, mas sim, “uma mudança drástica na política pública e da condução do Estado brasileiro”. Na conjuntura local, ele distinguiu os lados representantes dos reais interesses do povo, comprometidos com a manutenção do projeto estabelecido pelos governos Federal e Estadual.
“Há o lado que Amauri representa, dos trabalhadores, da educação e saúde pública, assistência social, valorização do salário mínimo, Minha Casa Minha Vida, Água Para Todos, Luz Para Todos, que defende 40 milhões de brasileiros que passaram a ser incluídos no mercado de consumo e ter melhores condições de vida. Do lado de lá, o lado do atual prefeito e o lado dos que sempre governaram a Bahia com um chicote e um saco de dinheiro, é daqueles que acham que é um desperdício abrir seis universidades públicas na Bahia, dos que não se conformam de ver o filho do trabalhador rural, da empregada doméstica sentando na mesma sala de aula do empresário”, completou.
Satisfeito, Amauri avaliou como excepcional o evento da noite. “O Paraíso ficou pequeno, para nossa carreata. Na praça, fizemos uma grande concentração, com a presença de Jorge Solla, tivemos uma recepção extraordinária. Mais um exemplo de que, no próximo dia dois, o 13 vai vencer. Manteremos a serenidade e o nível da nossa campanha, tão elogiada pelas pessoas, apesar de toda a baixaria do outro lado. É assim que caminharemos para a vitória”, concluiu.
Ascom
blog