As duas mulheres assassinadas na noite deste sábado, 19, na rua Guilherme Muniz, em Pernambués, foram levadas no porta-malas de um carro, baleadas à queima-roupa e largadas no local. A ação durou cerca de um minuto. Este foi o quarto crime com essas características ocorrido naquela rua em um período de um ano, segundo relatos de moradores.
A reportagem teve acesso a dois vídeos que mostram a execução das mulheres. Eram 21h51 de sábado, quando um carro preto para na rua e três jovens - dois com bonés e um sem - descem do veículo. Um quarto jovem permanece na direção.
Em seguida, os três caminham em direção ao porta-malas e dois deles tiram a primeira mulher. A segunda vítima é retirada com dificuldades.
Às 21h52, um dos jovens de boné saca a arma da cintura e atira na primeira mulher. As imagens sugerem que ele deu dois tiros. Depois, ele passa a arma para o comparsa sem boné, que dá dois tiros na segunda vítima. Os três voltam às presas para o carro e a arma cai no chão antes que o segundo atirador consiga entrar no veículo. O grupo foge após recuperar a arma.
Confira vídeo (imagens são fortes):
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Moradores acreditam que as mortes podem ter relação com a rivalidade entre traficantes da Saramandaia, em Pernambués, e da Polêmica, em Brotas.
Identidades ignoradas
Um moradora que acompanhou o trabalho da polícia, no local do crime, contou que as vítimas foram reconhecidas por duas jovens como moradoras da Polêmica. Conforme a moradora, traficantes da Saramandaia e da Polêmica estão em guerra e, por isso, quem é de uma localidade não pode frequentar a outra.
Segundo informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), moradores disseram à polícia que uma das vítimas tem por prenome Eliana e é irmã do ex-traficante de drogas conhecido por Ricardo Tchê, que atuava na Polêmica.
O Departamento de Homicídios (DHPP) investiga o crime, mas neste domingo, 20, ninguém forneceu informações sobre o caso.
'Abatedouro'
Em junho de 2015, um homem foi tirado de um carro e morto no início da rua. Dois meses depois, outro homem foi morto da mesma forma em frente a uma casa. Um outro crime teve essa rua como cenário. "A gente está preocupada com a rua está virando ponto de desova", disse um moradora.
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