Líder indígena está internado desde a última quinta-feira
O líder indígena cacique Raoni teve uma piora no estado de saúde e foi transferido para um hospital com leito de UTI na cidade de Sinop (MT), na tarde deste sábado (18). Ele está internado desde a última quinta-feira, 16, em um hospital particular em Colíder (MT), localizada a cerca de 600 quilômetros de Cuiabá.
Raoni foi internado com sintomas de fraqueza e falta de ar e teve complicações gastrointestinais e desidratação após desenvolver um quadro de depressão causado pela morte de sua esposa, Bekwyjkà Metuktire, no dia 23 de junho após sofrer um AVC. Eles estavam juntos há pelo menos oito décadas e tiveram oito filhos. Por medo da pandemia do coronavírus, Bekwyjkà passou mal na aldeia e não foi removida para um hospital, de acordo com a neta Mayalú Txucarramãe. “Meu avô está arrasado com a perda da sua companheira, conselheira e matriarca”, escreveu a neta em uma rede social.
O cacique tem por volta de 89 anos (não há documentos que comprovem sua data de nascimento exata) e sua idade avançada preocupa familiares e a equipe médica que o acompanha. Foi descartada infecção pelo coronavírus, segundo testes realizados no momento da internação e por uma tomografia de pulmão, que não apontou alterações.
Em outubro do ano passado, Raoni foi alvo de campanha internacional para ser um dos indicados a concorrer o prêmio Nobel da Paz pela sua atuação em defesa dos povos da Amazônia.
Revista Veja
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