Uma confusão entre alguns integrantes da Guarda Municipal e um oficial da Polícia Militar, o Tenente-Coronel Marcos Henrique, comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM criou um clima de tensão na noite deste sábado(4), na Avenida Tamburugy, uma via que fica atrás do Shopping Paralela, em Salvador. A Guarda Municipal diz que o oficial “estava em visível estado de embriaguez”.
De acordo com as informações chegadas ao #AnB, um grupo de Guardas Municipais estava realizando uma blitz, nos mesmos moldes das que são realizadas pela Polícia Militar e Polícia Civil, quando um Tenente-Coronel da PM foi abordado e os guardas exigiram que ele descesse do carro com mãos para cima a fim de ser revistado.
O clima de tensão aumentou quando o oficial da PM negou-se a cumprir o que o GM, mas teve a carteira de identidade da PM arrancada das mãos por um guarda. Ele, então, acionou equipes da Rondesp que foram ao local e lá ficou estabelecida a confusão, mas os agentes municipais saíram do local e foram para uma das sedes da GM, em Patamares.
O #AgoraNaBahia, ao receber a informação, buscou contato com a Guarda Municipal e, através da assessoria de comunicação, foi informado de que a GM feito uma “ação de presença no local com o pessoal do Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal, que fica posicionado com viaturas, fazendo patrulhamento preventivo, previsto em lei para esse tipo de atuação, depois que houve denúncias de diversos assaltos que estavam acontecendo nessa avenida”.
Sobre a ocorrência envolvendo o oficial da PM e a forma como ele foi tratado, a assessoria não deu nenhuma informação até o momento da publicação desta reportagem.
Ao ligar para a Polícia Militar e questionar a legalidade da blitz feita pela Guarda Municipal, o #AnB foi informado de que, sendo feita essa blitz em situação especial, quando haja algum caso suspeito e que a rota de alguma fuga seja o local da operação, é possível que se realize.
Até o fechamento desta reportagem, o #AnB não conseguiu apurar o desfecho da confusão havida entre a GM e os militares, mas há informação de que o oficial irá registrar a ocorrência na 12ª Delegacia de Itapuã que atua na área.
Nota
Por volta das 23h30, a assessoria de comunicação da Guarda Municipal emitiu nota, desfazendo a versão do militar e informando que ele estava em visível “estado de embriaguez”. Há, também, acusações de que ele desacatou os servidores municipais. Na íntegra, a nota diz:
Agentes da Guarda Civil Municipal são agredidos em operação por oficial da PM
Agentes da Guarda Civil Municipal foram agredidos verbalmente, na noite de hoje (04), por um homem que posteriormente se identificou como oficial da Polícia Militar durante operação de patrulhamento preventivo na Avenida Tamburugy, atrás do Shopping Paralela. O cidadão realizou direção perigosa e lançou o veículo contra os guardas. A partir da ordem de parada, o homem passou a ofender verbalmente os servidores.
Diante do visível estado de embriaguez do agressor, os agentes acionaram a Transalvador para realização do teste de alcoolemia, visto que o mesmo continuava a desacatar e ofender os servidores da Prefeitura que realizavam a atuação na área, numa ação feita por solicitação dos próprios moradores junto à base do Grupamento de Operações Especiais da Guarda, que fica na localidade. Os moradores alegavam constantes assaltos na região. Toda a operação ocorreu dentro da legalidade e dos limites de atuação da Guarda Civil Municipal.
Diante da recusa, após acionamento da Transalvador, a Guarda solicitou à Polícia Militar da Bahia a presença de um oficial para condução da situação, para identificação do homem e acompanhamento do fato. Os guardas, que procederam com a ação com o acompanhamento de policiais militares, foram orientados a proceder com o encaminhamento para a 12ª Delegacia de Polícia, em Itapuã, para registro da ocorrência.
A Guarda Civil Municipal ressalta que trabalha em acordo com a legislação vigente (Lei Federal 13.022), onde é previsto atuar, preventiva e permanentemente, no território do município, para a proteção sistêmica da população, bem como prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir infrações penais ou administrativas.
Repercussão
Continua repercutindo neste domingo, a grande confusão registrada na noite do sábado(4), na Avenida Tamburugy, uma ligação entre a Avenida Paralela e o bairro Patamares, em Salvador, quando Guardas Municipais que faziam blitz, pararam um oficial da Polícia Militar para abordagem e todos acabaram parando na 12ª Delegacia de Polícia de Itapuã. Polícias Militar e Civil, não falaram sobre o assunto, até agora.
A confusão, que acabou gerando clima de tensão, envolveu o Tenente-Coronel Marcos Henrique, comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM, que transitava no local em seu carro particular, à paisana, tendo sido parado na blitz armada pela Guarda Municipal. A partir daí, há diversas versões sobre o que aconteceu. Em uma delas, através de nota, a assessoria de comunicação da GM diz que o Tenente-
Coronel “estava em visível estado de embriaguez”.
O #AgoraNaBahia tentou contato com o acusado, mas não teve acesso ao telefone dele e então buscou informações com o Departamento de Comunicação Social(DCS) da Polícia Militar, sobre a acusação feita pela Guarda Municipal de Salvador. Até o momento da publicação desta reportagem, o e-mail enviado não havia sido respondido.
Depois da confusão, o assunto foi parar na 12ª Delegacia de Polícia de Itapuã, onde foi registrado um boletim de ocorrência. O #AgoraNaBahia também fez contato com a 12ª DP e tentou informações sobre o tipo de queixa registrado, mas foi informado pelos policiais de plantão de que o assunto está sendo tratado “sob sigilo” e somente na segunda-feira(6) o delegado titular deverá dar informações.
Agora na Bahia
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