O Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, infectou 2.292 pessoas com as doenças nas cinco primeiras semanas do ano na Bahia. O número representa uma média de 65 pessoas infectadas por dia no estado. Os dados constam no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) que compreende o período entre o dia 29 de dezembro de 2019 e 1º de fevereiro deste ano, que refere-se às semanas epidemiológicas de um a cinco.
No ano passado, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), apenas de dengue foram notificados 65,5 mil casos prováveis em 93% dos municípios do estado. O número em 2018 havia sido de pouco mais de 9,5 mil, o que representa um crescimento de 603% em 12 meses. Ainda assim, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, descarta completamente decretação de surto no estado.
Ao observar o total de infecções transmitidas pelo Aedes no período em questão, a dengue contabiliza o maior número de casos: 1.815. O número representa 79%. A chikungunya fez 441 vítimas no estado, e a zika, 36. Nesta última, os dados referem-se a um número menor de dias, de 29 de dezembro a 25 de janeiro.
O Boletim Epidemiológico destaca que foram notificados 94.149 casos prováveis de dengue em todo o país, o que representa uma taxa de incidência de 44,80 casos por 100 mil habitantes. A Bahia concentra 1,9% dos casos da doença contabilizados em todo o Brasil.
Sobre os dados de chikungunya, o MS recebeu 3.439 notificações de casos prováveis, cuja taxa de incidência de 1,64 casos por 100 mil habitantes no país. A Bahia reúne 12,8% dos casos contabilizados no Brasil. As regiões Sudeste e Nordeste apresentam as maiores taxas de incidência, 2,41 casos para cada 100 mil habitantes e 1,48 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Com relação aos dados de Zika, em todo o Brasil foram notificados 242 casos prováveis, e 14% foram constatados na Bahia. A taxa de incidência foi de 0,12 casos por 100 mil habitantes.
Por Jade Coelho
Bahia