O Bahia recebeu multa de R$ 30 mil e terá que jogar duas partidas com portões fechados por conta do problema com a superlotação de um setor no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, na partida contra o Santos, em maio. Os jogos que serão atingidos pela punição são os confrontos contra o Internacional (27) e o Goiás (09/08). O jogo contra o São Paulo, na quarta, que já tem ingressos à venda, acontece normalmente com a presença dos torcedores na Arena Fonte Nova.
Segundo o clube, a pena máxima era 20 jogos sem torcida por conta da superlotação e de um objeto jogado em campo. A condenação ainda cabe recurso.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda condenou o auxiliar técnico Marcelo Serrano a duas partidas de suspensão. Já o técnico Marquinhos Santos e o os atletas Marcelo Lomba e Roniery foram apenas advertidos pelas expulsões no jogo contra o Sport.
O clube foi denunciado ao SJTD pela Procuradoria Geral do órgão. Na denúncia, a procuradoria pede que o Bahia seja punido com base no Estatuto do Torcedor, no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e no Regulamento Geral das Competições, da CBF.
O órgão reclama da presença de público acima da capacidade máxima e do caos criado com a superlotação, que obrigou torcedores até a pular para o gramado. O clube baiano também foi denunciado no artigo 213 do CBJD devido à lata de cerveja que foi lançada em direção ao técnico do Santos, Oswaldo de Oliveira.
Confusão
O jogo contra o Santos teve lotação de de 16.842 pessoas, 568 a mais que a capacidade oficial do Joia da Princesa, que é de 16.274. A superlotação fez com que parte do público ficasse espremido atrás de um dos gols. Alguns torcedores, inclusive crianças, tiveram que pular a grade que separa a arquibancada do campo para sair do sufoco.
O administrador do Joia, José Fernandes, nega invasão ou arrombamento. “Felizmente não aconteceu isso, pois resultaria em pessoas feridas e provavelmente uma tragédia. O que aconteceu foi que devido ao empurra-empurra, um dos cadeados se abriu”, fala Fernandes, em nota da prefeitura de Feira, dona do estádio.
Em nota, a Polícia Militar afirma que: “A FBF informou por ofício que 10 mil pessoas era o público estimado, ou seja, bem inferior ao público que de fato foi ao estádio. A PM tem protocolo de emprego de tropa em estádio que se baseia no público estimado pela FBF. A questão não foi a área reservada à torcida do Santos, até porque a PM tem como dever preservar a integridade física dos torcedores, em especial a torcida visitante (minoria no estádio), crianças e gestantes”.
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