"Agi de cabeça quente. Não tinha necessidade", disse o pintor Jamilton Silva Muniz, 19 anos, ao confessar ter participado da tentativa de assalto contra o delegado Rusdenil Franco de Lima, que foi baleado na Paralela, em Salvador. Jamilton alegou que queria pagar uma dívida de R$ 300.
Ele pegou esse valor emprestado para recuperar a moto, que tinha sido apreendida. Em posse do veículo, Jamilton convidou um adolescente de 17 anos para sair no veículo roubando transeuntes na avenida Paralela. Ao avistar o delegado no carro com a mulher Gilciane de Andrade Lima, a dupla decidiu roubar o celular dele.
O pintor alegou que a intenção não era ferir ninguém. Segundo ele, o adolescente contou que a arma disparou acidentalmente quando ele bateu no vidro. A bala atravessou o braço do delegado, atingiu o braço da mulher, que também foi transfixado, ferindo a perna dela.
Os dois foram levados para hospitais diferentes e passam bem. O delegado já recebeu alta e a mulher dele segue internada.
Fuga
Após o crime, o pintor e o adolescente fugiram para Sussuarana Velha, onde moram, e pediram para o motoboy Elias Conceição da Paixão, 20 anos, para guardar a arma usada no crime. Os dois adultos foram presos em casa na manhã desta quinta-feira, 1º, e o adolescente apreendido.
O trio é amigo e não tem passagem pela polícia. Contudo, o delegado Odair Carneiro, coordenador da força-tarefa que investiga crime contra policiais, acredita que eles já tinham o costume de realizar roubos.
Com eles, foram apreendidos 15 celulares, sendo que Jamilton disse que apenas um foi roubado nesta quarta, antes de tentarem assaltar o delegado. A arma e a moto usadas na ocorrência também foram apreendidas.
Prisão
O trio foi preso após a placa da moto usada no crime ser filmada pelas câmeras de segurança da Paralela. Os policiais identificaram uma mulher que era proprietária do veículo. Ela afirmou que tinha vendido o automóvel para um homem, que também repassou a moto para Jamilton.
Após identificar Jamilton, os policiais chegaram a Elias e ao adolescente. A investigação teve o apoio do major Barreto, que faz parte de uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que auxilia em casos de grande repercussão.
A Tarde
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