O governo alemão anunciou que expulsou nesta quinta-feira (10/07) o chefe norte-americano responsável pelos serviços secretos da embaixada dos EUA em Berlim, após suspeita de espionagem por parte dos norte-americanos na última semana no país europeu.
"A solicitação foi feita pelos meses que passaram sem respostas sobre as atividades dos serviços secretos dos EUA na Alemanha", justificou o porta-voz da chancelaria alemã, Steffen Seibert.
Para manter esse tipo de relação bilateral é "necessária a confiança mútua e a transparência", o que Berlim "espera de seus parceiros mais próximos", acrescentou Seibert.
[caption id="attachment_2696" align="alignright" width="199"] Câmera de vigilância no Ministério de Defesa alemão[/caption]
Em resposta, a Casa Branca não comentou as suspeitas e apenas ressaltou que é "muito importante" que os Estados Unidos e a
Alemanha continuem sua cooperação em todos os setores, apesar da decisão do governo de liderado por Angela Merkel.
"É essencial que a nossa estreita cooperação com nossos parceiros alemães prossiga em todos os domínios", escreveu a embaixada norte-americana em comunicado.
Ontem, as autoridades alemãs anunciaram que estavam investigando uma nova suspeita de espionagem por parte de Washington e já haviam pedido a “retirada imediata dos funcionários da embaixada dos EUA envolvidos no caso”. Merkel – que já teve seu telefone grampeado pelos EUA – qualificou as denúncias de espionagem como "muito graves".
De acordo com a imprensa alemã, o episódio seria ainda mais grave do que a descoberta de um agente duplo que trabalhava para a CIA e que foi preso na semana passada no país. O suspeito teria vendido 218 documentos por cerca de €25 mil para um serviço secreto norte-americano ao longo de dois anos de espionagem.
[caption id="attachment_2700" align="aligncenter" width="1238"] Veja (clique 1238x612px) o mapa da espionagem dos EUA - apenas quatro países são "poupados" de vigilância em massa:[/caption]
Fonte: OMundi
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