A Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA), ameaça uma greve estadual caso seja mantido o retorno das aulas da rede pública e privada de Salvador. Nesta sexta-feira, 23, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou a volta das aulas no próximo dia 3 de maio, de forma semipresencial.
Nesse dia, já é planejada pelo sindicato uma paralisação em toda a Bahia, afirmou o presidente da APLB, Rui Oliveira. Setores do sindicato em cada cidade realizarão reuniões na segunda-feira, 26, e na terça, 27.
"Haverá uma reunião global na quarta, onde vamos encaminhar as seguintes proposições: parar todas as unidades da Bahia no dia 3, fazer atos de protesto nas cidades, tudo que puder ser feito. Se insistirem, vamos para a greve geral dois dias depois", declarou o dirigente sindical.
O sindicalista defende uma greve estadual por considerar que a prefeitura de Salvador tem atuado de maneira articulada com o governo do Estado nas decisões relativas à pandemia. Portanto, o retorno das aulas na capital seria "um balão de ensaio" e o governo "irá na mesma linha".
A APLB diz que só volta ao trabalho nas unidades de ensino depois da vacinação de todos os profissionais da Educação contra a Covid-19. Atualmente, já são imunizados trabalhadores do setor com idade entre 55 e 59 anos.
"Não dá para assegurar a imunização de todos os trabalhadores da educação. Por isso eu faço um apelo para que os professores tenham consciência que não dá para ficar parado. Não é justo ficarmos no mesmo cenário do ano passado. Isso vai comprometer três anos letivos dessas crianças", argumentou o prefeito.
Presidente da APLB, Rui Oliveira, critica prefeitura de Salvador por retomada das aulas - Foto: Luciano da Matta / A Tarde |
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