A acusada de ter matado com cerca de 50 golpes de faca e tentado ocultar o corpo em um colchão enquanto o transportava em uma carroça, já está presa no Conjunto Penal de Feira de Santana.
Thaís Fortunada dos Santos, 20 anos, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (29), no Complexo de Delegacias, e descreveu como matou Thaiure Silva de Araújo, também de 20 anos.
O homicídio ocorreu na residência onde as duas moravam com o marido da vítima, na Avenida Canal, no bairro Rua Nova.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado Carlos Lins informou que o crime aconteceu após uma briga motivada por pertences da acusada, que estariam sumindo, entre eles roupas e alongamento de cabelo (mega hair). A discussão inicialmente ocorreu entre os três moradores da residência, mas quando o marido de Thaiure saiu, ela cometeu o crime.
Durante depoimento, Thaís contou que pensou em esquartejar a vítima, mas resolveu ocultar o corpo inteiro por “ser algo mais fácil”. Ela disse também que “baixou um santo nela, que a mandou matar”.
“Ela disse que quando as duas ficaram sozinhas foi como se tivesse baixado um santo mandando matar a outra por causa disso (pertences sumindo) e ela então pegou uma faca e desferiu vários golpes, quase 50 ou mais de 50 na vítima. Depois saiu para dar uma voltinha dizendo que iria descansar a cabeça e quando retornou por volta de 10h da manhã o corpo começou a feder e então ela resolveu dar fim no corpo. Ela iria esquartejar, chegou a cortar a perna da mulher. Ela iria jogar a perna no riacho ali atrás, mas viu que diante do trabalho que teria, seria mais fácil jogá-lo inteiro, razão pela qual ela colocou todo o corpo dentro da cama box e chamou um homem para colocar o corpo na carroça. Quando ele viu que ela cometeu o crime passou a agredi-la com outras pessoas. Em seguida, ela chamou dois carroceiros que vinham passando na rua e pagou 20 reais para colocarem a cama box na carroça dizendo que ela queria dar fim. Quando eles pegaram a cama e observaram o peso, ela disse que tinha um cachorro morto, mas logo os carroceiros perceberam que não se tratava de um cachorro e abandonaram a carroça. O povo começou a espancá-la, e ela foi levada para o hospital, onde recebeu voz de prisão”, relatou o delegado em entrevista ao Acorda Cidade.
O delegado disse ainda que Thais cometeu o crime sozinha e que alegou ter distúrbios psicológicos. “Ela disse que tinha problemas de cabeça, que não fez tratamento, e que o crime foi em virtude do problema que ela tem. A autora disse que o santo determinou que ela matasse Thaiure”, informou o delegado. A vítima foi assassinada com golpes nos braços, barriga, tórax e costa.
Acorda Cidade
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