Um estudo divulgado nessa terça-feira (24) pelo BM (Grupo Banco Mundial) aponta que 81 milhões de pessoas são impedidas de comer devido às diversas secas que afetam o planeta e destroem alimentos. Milhões de famílias são condenadas à pobreza porque a precipitação, cada vez mais irregular, causa impactos maiores que desastres naturais.
"Um sofrimento em câmera lenta", cita o estudo "Águas inexploradas: a nova economia da escassez e a variabilidade da água".
"Temos que compreender melhor os impactos da escassez de água, problema que se agravará ainda mais devido ao crescimento demográfico e à mudança climática", indica o diretor-sênior do Departamento de Práticas Globais da Água do Banco Mundial, Guangzhe Chen.
Segundo informa o UOL, o órgão alerta que a seca afeta diretamente a produção agrícola e também uma série de repercussões inesperadas de grande relevância.
O relatório destaca que, em zonas rurais da África, as mulheres nascidas em períodos de seca sofrem um atraso no seu desenvolvimento físico e mental. Este atraso faz com que sejam mais propensas a dolências, que afetam o seu nível de educação, o que com o tempo contribui para ter uma renda menor e uma maior probabilidade de sofrer violência doméstica.
A excassez de chuvas também afeta gravemente as florestas do planeta, pois alterar os ecossistemas e facilita a propagação de incêndios, obrigando os agricultores a expandir os seus terrenos de cultivo.
A falta de chuva causa ainda impacto na indústria também, já que um simples corte de água em uma empresa urbana pode reduzir o faturamento em mais de 8%.
O estudo apresentado propõe diversas medidas para enfrentar o problema, como a construção de infraestruturas para o armazenamento de água e regularizações das empresas encarregadas de sua distribuição.
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